Eu amo Jesus, sempre amei

Jesus, o grande mestre, o Cristo, encarnou na Terra com a missão de nos salvar. A mensagem era de nos salvar de nós mesmos, nos mostrando que o caminho era amar e perdoar. O que fizemos com a mensagem de Jesus? A mensagem de amor se transformou em intolerância religiosa e ódio por aqueles que não pensassem iguais. Tivemos a Inquisição, hoje temos igrejas protestantes que pregam a separação até entre eles mesmos. Tivemos guerras em nome de Deus que até hoje tem os seus adeptos. Tivemos Cruzadas em nome de um Jesus que pregou amor, mas que parece ter desaparecido nas religiões que se dizem cristãs, e que hoje se tornaram sinônimos de manipulação, alienação, intolerância e exploração.

Eu amo Jesus, sempre amei. Mas, não esse Jesus marqueteiro das igrejas atuais. Não esse Jesus ganancioso que só pensa em dízimos e ofertas. Não esse Jesus intolerante que exclui os que mais precisam. Não esse Jesus da teologia da prosperidade que diz que o abençoado é aquele que consegue carro do ano e casa com piscina.

Eu amo o Jesus da Galiléia que pregou o amar ao próximo, que devíamos dividir nossa túnica, o nosso pão, o nosso vinho. O Jesus que amava os odiados pela sociedade. Jesus pregava a importância do ser e não do ter.

O Movimento da Nova Era chegou professando uma mudança de paradigmas, numa mentalidade que valorizava a espiritualidade. No entanto, vemos muitos enriquecendo em nome dessa nova era, vendendo livros, CDs, dvs, palestras com preços absurdos. Há retiros espirituais só para seres financeiramente evoluídos... Enfim, o que quero dizer é que tudo pode ser corrompido pela ganância e a vaidade humana.

 Devemos ansiar pelas mudanças e começando por fazermos as mudanças em nós mesmos, desde já, porém, devemos ter consciência de que nem tudo são flores na caminhada evolutiva. Estamos nos esquecendo de que todo ser tem o direito de crer no que quiser, mas ninguém tem o direito de impor nada a ninguém. Todos têm o direito de opinar, mas ninguém tem o direito de ridicularizar a opinião alheia. Proclamamos-nos seres civilizados e espiritualizados, no entanto, numa rápida passagem por alguns comentários, podemos ver a que nível nos encontramos...