Eu te pergunto
e se eu não quiser ser feliz?
Nem hoje, nem amanhã e nem nunca.
Se eu preferir a loucura.
Se eu preferir as tardes nubladas
os dias frios
as mulheres tensas
as manhãs com neblina.
Eu te pergunto
por que haveria eu de ser feliz?
Quero morrer numa escrivaninha
lembrando a infância que tive
num por do sol de domingo.
Quero, sim, o silêncio do mundo
e uma cerveja
nos dias de calor.
Quero o arroto, a risada e a frase:
“melhor pra fora do que pra dentro.”
Depois alguém me perguntou
enquanto tomava café
o que era felicidade.
Eu respondi
que felicidade, na verdade
e nos dias de hoje
É fazer o que todo mundo faz.
É protocolar a vida
etiquetar declarações de amor.
De morte.
De lucidez.
Felicidade assim não tá com nada.
Gente assim não é feliz
ou talvez seja.
Como um balão de gás
Preso nas mãos de uma criança gorda.
Que nunca o deixará voar.
enquanto tomava café
o que era felicidade.
Eu respondi
que felicidade, na verdade
e nos dias de hoje
É fazer o que todo mundo faz.
É protocolar a vida
etiquetar declarações de amor.
De morte.
De lucidez.
Felicidade assim não tá com nada.
Gente assim não é feliz
ou talvez seja.
Como um balão de gás
Preso nas mãos de uma criança gorda.
Que nunca o deixará voar.
— Heitor Henrique.
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