Todos nós temos um pequeno e secreto cantinho onde guardamos sentimentos, memórias, ilusões, recordações de momentos ou lugares, desilusões e também sonhos!
Os Sonhos comandam a nossa vida, dão-nos asas à imaginação, e nos transportam para além da nossa Alma!
Então esse aqui é meu cantinho:

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Num fim de tarde…

Os dias que se passam, traz comigo a expectativa de realizações que trago secretamente em meu coração. Diz a ciência, que depois do inverno, a natureza ressurge e as flores junto com a grama rasteira voltam para o seu lugar de antes.
Assim acontece com os poetas, quando estes redescobrem a alegria de viver, após ser “despertado” de sua letargia por uma musa inspiradora.
Em muitas noites mal-dormidas, também há estrelas, mas nem todo o brilho delas poderá se comparar com o brilho particular dos olhos de quem um dia te cativou.
Todos os dias, as ondas do mar descansam na areia da praia. Mas são olhares especiais sobre as ondas é que podem perpetuar um momento vivido num constante barulho de quem teve a feliz oportunidade de ouvi-lo com a pessoa amada.
O doce frescor da manhã quando ainda o sol não “esquentou”, também pode trazer as mais doces lembranças vividas numa manhã de sábado. Sem contar, que toda sexta-feira pode encerrar em si mesma, o prazer da descoberta, a lembrança de um bom momento, a expectativa de querer repetir o que se passou; e mesmo que se tente quase inutilmente deter o tempo que se apressa, enquanto acontece a vida…
Toda e qualquer pessoa que não entenda o valor da palavra, quando esta é usada para expressar sentimentos, não entenderá jamais o porquê do esforço quase “heróico” dos poetas tentarem o impossível todos os dias.
Ao contrário, os poetas nunca desprezam os outros seres mortais que o acompanham (nem os poetas são eternos…), mas eles encontram nas pessoas e nas suas histórias o motivo maior para perpetuar palavras que escreverão a particular vida e sentimento de cada um.
Assim, tenho o dever de comunicar a quem vir a ler estas linhas, sentenças que não podem vir a ser revogadas: se capturaste o coração de alguém, deves cuidar deste coração até que esta pessoa deixe de existir nesta vida.
Terás a incumbência de nobre de providenciar palavras, atitudes e insistentemente minimizar a saudade da pessoa amada. Terás também, o dever de multiplicar seus esforços para sempre haver um sorriso nos lábios da pessoa amada, e você particularmente que a cativou; deve ser em primazia o motivo e a razão desta alegria.
Não poderás fugir da responsabilidade de ajudar a escrever a história da qual és o motivo principal de inspiração. Seus dias terão que ter valiosos e poderosos tesouros para enriquecer aquele (a) que você escolheu, e não se trata aqui de bens materiais.
Estes tesouros particulares sairão de teu coração voluntariamente, criarão asas e repousarão firmes e fortes na velocidade do pensamento. O bem querer deve ser o seu maior e mais obcecado objeto de consumo.
Mas vamos à realidade: estás realmente com a alma pronta para aceitar este desafio nobre? Caso seu coração neste momento tenha batido bem forte, sua respiração tenha faltado e uma lágrima teimosa tenha passado por seus olhos – a sua resposta é sim – e não tens como voltar atrás…
Enquanto não houver a conquista total e definitiva, não poderás descansar. Enquanto houver sol, aquilo que você se comprometer será o seu alvo.
Mas agora para que você não se perca de tudo, faça uma coisa de cada vez, e procure ser uma pessoa sábia. Preserve-se a si mesmo (a), guarde tudo o que puder e que estiver ao seu alcance, e não se arrependa dos seus atos.
Agora para o poeta que escreveu isto, chega o fim da tarde. Até que estas palavras sejam lidas por outras pessoas, já será noite em minha vida.
O poeta que sobreviveu ao inverno e de outras situações, têm diante de si uma renovada esperança: que tal fazer valer a pena… se a tua alma não for pequena…


Nenhum comentário: